Book Review: The Atlas Six de Olivie Blake

 


Tinha comentado recentemente que 2022 tem sido um ano de muitas leituras boas e que tinha medo do livro que me iria desiludir. The Atlas Six foi, infelizmente, esse livro.
Acho que não geri bem as minhas expectativas com este livro.  O livro tinha tanto hype à volta, que eu fui adiando a compra durante largos meses (e também porque queria evitar comprar mais um harback). 

A premissa deste livro é incrivelmente aliciante: seis jovens com poderes incríveis são recrutados para a Sociedade Secreta de Alexandria que, como o nome indica, protege a biblioteca perdida de Alexandria .  São recrutados com o aviso que terão de passar um ano juntos até a iniciação, onde só cinco continuarão.  Lendo isto, estamos à espera de uma história  de dark academia em combinação com um  thriller, onde a magia é baseada num sistema científico e académico. O problema aqui é que nada disto foi bem conseguido.

Primeiramente, a linguagem. Eu demorei  dez dias a ler este livro porque a linguagem irritou-me profundamente. Compreendo que estas personagens são académicas e que a maneira como falam seja mais erudita....mas ninguém fala assim.  Achei a linguagem pretensiosa, aborrecida e os diálogos desnecessários, onde só se aborda questões filosóficas que contribuem zero para o plot. A autora também usa parêntesis de uma maneira absurda e desnecessária. 

O segundo grande problema deste livro é o desenvolvimento das persnagens. Digo desde já que não houve uma personagem que eu gostasse (potencialmente uma, que a autora decide estragar). Todas as personagens são praticamente iguais: estupidamente bonitas e inteligentes, gananciosas calculistas.  Nenhuma destas personagens desenvolve qualquer tipo de relação com outra e somos só apresentados com seis indivíduos irritantes que se odeiam, mas querem ter sexo uns com os outros, a toda a hora. Numa história liderada pelas personagens e não pelo plot, repetir as mesmas coisas em 300 página não foi a melhor aposta.

O terceiro ponto que quero explorar é o sistema mágico e o ambiente da história.  Ora bem, eu leio imensa fantasia em que a magia por vezes não é o ponto essencial, mas continua a ter um sistema lógico e funcional, com limites a serem explorados ou não.  Sendo apresentados com estas personagens cheias de potencial, num ambiente como a Biblioteca perdida de Alexandria,  pensamos logo num sistema mais académico e científico como descrevi anteriormente.  Na execução,  nunca chegamos a perceber os poderes de algumas personagens e outras parecem não ter limite nas suas capacidades. Com a premissa desta iniciação,  estava à espera de provas e desafios durante o decurso do ano dentro de um campus histórico -  cheguei ao fim do livro sem saber o que os seis escolhidos fizeram o tempo todo. 

Muitas outras coisas poderia explorar: o facto de ser uma sociedade secreta, mas que todo o mundo sabe que existe; o tempo que as personagens passam a queixar-se e a falar em enigmas ou  como a única cena de acção não nos mostra o que aconteceu - mas fecho esta review com a admissão de que eventualmente lerei o segundo volume prestes a sar, por curiosidade mórbida sobre a história. 

Acho que vem daí a minha classificação de duas estrelas - ainda acho que a história tem potencial.

Classificação: 2/5 ⭐
Recomendado se gostaste de: The Secret history de Donna Tartt
Soundtrack aconselhada:  I wanna be Adored de Stone Roses




Comentários

  1. Ainda não li, mas confesso que também não me cativa a comprar.

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    1. há muito livro por aí, este é só uma perda de tempo infelizmente!

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Rudyard Kipling

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